segunda-feira, 27 de setembro de 2010

da memória pós-Cabaré - clip Mombojó

da memória pós-Cabaré

Merda

Mombojó

Composição: Felipe S. e Marcelo Campello

Eu já cai
Já tô no chão
E tô torcendo pra você ficar na merda
Como eu também estou nessa merda
Então porque não ficar aqui
E se você estiver na água
E não souber nadar
Eu vou te jogar uma pedra
Pra você segurar
Pra você ficar ciente de aonde é seu lugar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cabaré no XIV ENEARTE




Cabaré Polifônico recebeu 12 artistas convidados de Universidades de todo o Brasil ontem a noite na tenda da Concha Acústica da UFOP.

A performance compôs a programação do XIV EneArte 2010 - Encontro Nacional de Estudantes de Arte.


Cabaré pelos olhos de Nayara Gerin:

mais fotos da Cia. Coelho Branco e a cobertura completa do ENEARTE em www.flickr.com/photos/r3gnews

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cabaré no XIV ENEARTE

hoje no XIV ENEARTE apresentação do Cabaré Polifônico na tenda da Concha Acústica as 23h.

a Cia. Coelho Branco terá a participação especial de artistas convidados de todo o país!


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

De um recorte de um ensaio...

Origem:

(Baixo com o arco; guitarra e efeitos).

(Aquecimento dos atores, preparação dos instrumentos, do espaço... Plano baixo).

Ficou lindo!

Até aqui 30 minutos

(Manara: provocação, tira os atores da “engatinhação”. Partem para a disputa).

Toda transgressão tem como base uma luta contra algo oposto.


Transgressão:

Toda transgressão tem como base uma luta contra algo oposto.”

(A bateria passou a tocar, o baixo agora é tocado com os dedos; ritmo funkeado).

(Luta.)

“-O sangue que corre na minha casa é vermelho mas é bom”

“-Calma, calma, calma...” (Abraço)

“-Vazio e calma...”. (Manara)

(Os músicos agora estão no centro da sala, tocando junto aos atores). Transgrediram seu espaço.

A disputa tem sido um elemento comum a todos os “Cabarés”

Atualidade:

(Assovios).

Calma para o presente... Adorno, Marcuse diziam: A arte sempre foi um lugar no qual se afirmava um mundo infinitamente melhor, o espaço da liberdade, da resistência contra uma sociedade administrada, o ultimo lugar em que é possível se afirmar uma felicidade...

Na origem sempre está a dor, o sangue, seguido da paz... Trangressão sempre envolve violência, dor, sangue... E a calma, não é o que todos buscam? A felicidade? Calma para a atualidade!

“-Calma... é o momento da calma” (Enrique)

“-Não pra mim.” (Nadja)

“-Esse é o momento que todos estavam esperando!!!” (Manara)

Mas como nem tudo é como queríamos...

(Circo dos horrores)

O Absurdo (da existência) junto a alegria.

Busca. Frustração.

Até aqui 1h

Tristeza.

Mas por outro lado um momento sublime: (Dançam Nadja e Manara)

Resistência contra o absurdo, o caótico?

(Músicos: ritmo e melodia trabalhando juntos, ordem... Quebra, cai. Inicia tudo de novo. “-Coito interrompido” diria Elias mais tarde) Total tentativa e frustração.

Elementos para trabalhar a atualidade são mais confusos, passam talvez por muito desejo pessoal irreconhecíveis; muita expressão e pouca comunicação:

(Mariana aponta um revolver para a cabeça)

(Luis dança sozinho com um blusa)

(Nadja e Julia cantam juntas)

(Nadja é costurada por Mariana)

Horkheimer, O Eclipse da Razão[1]. Desafio: unir Origem e Atualidade. Não se perder.

(Carlinhos volta a tocar seu baixo com o arco).

(Nadja e Julia brincam; Mariana, naquilo que começou o revolver quer se jogar do alto, Luis a segura, Manara triste ao canto)

Voa Mari, voa! (É morta)

(Nadja devora sua presa)

(Show de reggae)

Bizarro esse mundo!

Tudo seria mais fácil se eu tivesse um isqueiro e uma câmera fotográfica.

1:50h até aqui

Próxima estação, Aurora! Srs. Passageiros com destino ao céu, favor ocupar seus lugares... Lembranças deverão ser esquecidas. A ultima estação.

Passageiros com destino ao futuro, favor esquecer seu passado agora!” (Manara)

“-Hey, você me lembra o meu pai!Ele também era assim; calado e estranho.

-Hey, por favor, me fala o que o meu pai queria me falar!” (Manara)

“-Filho, é duro, mas é a lei do oeste...

(Faroeste)

Taí algo bem atual!

(Meninas-cachorras)

“-Vai, cachorra, vai cachorra.

-Vai potranca!” (Luis. Um cachorro?)

(Menininhas tirando foto)

2h até aqui

(Luis-cachorrão batendo um pedaço de pau na bunda das meninas, que reclamam, sorriem, deixam...)

“-Saudade mata a morena” (Mariana)

E mais varias outras coisas que a caneta não foi capaz de acompanhar. Trata-se de um recorte, a partir de um ponto de vista (adorniano). Talvez (talvez!) melhor faria a câmera, mas provavelmente seria um recorte também. E é bom que seja assim



[1] “... tal descoberta pode acrescentar um dos dois importantes elementos ao caráter do indivíduo que a faz: resistência ou submissão. O individuo resistente se oporá a qualquer tentativa pragmática de conciliar as exigências da verdade e as irracionalidades da existência, por exemplo, a impossibilidade da moral. Em vez de sacrificar a verdade pela conformidade com os padrões dominantes, ele insistirá em expressar em sua vida tanta verdade quanto possa, tanto na teoria quanto na prática. Terá uma vida conflituosa; deverá estar pronto para correr o risco de uma extrema solidão. A hostilidade irracional que o inclinaria a projetar suas dificuldades interiores sobre o mundo é superada pela paixão de realizar aquilo que o pai representava para ele na imaginação infantil, a saber, a verdade. Esse tipo – se é que se trata de um tipo – leva a sério aquilo que lhe foi ensinado. Não desiste de confrontar persistentemente a realidade com a verdade, de revelar o antagonismo entre os ideais e as realidades. A sua própria crítica, teórica e prática, é um reafirmação negativa da fé positiva que teve quando criança”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

sofrem nas montanhas
todos os cavalos
que não conseguiram chegar
o mar vem em mim com lágrimas
que cansei de carregar
vai, esquece tudo
esquece
seu passado esquece
seu remorso esquece
sua dor
vem Padilhar nas estradas da vida
rodar como cigana alma
sem medo de chorar


Henrique Manara

semana de artes ufop 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010